sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

O que Lacan pensava de Lacan

Por: Vladimir Safatle

"Bastam dez anos para que o que escrevo se torne claro a todos." Com essas palavras, Jacques Lacan (1901-81) encerrava em 1971 uma rara entrevista dada à televisão francesa. Mais de 35 anos se passaram e não podemos dizer que sua premonição tenha se realizado, embora ela contenha algo de verdadeiro. Pois mesmo que Lacan ainda seja um autor cujo estilo elíptico desconcerta e afasta, é certo que sua importância intelectual foi paulatinamente sendo reconhecida.

Não se trata apenas de insistir aqui na relevância de suas posições no debate sobre a clínica psicanalítica nas últimas décadas. Trata-se de sublinhar como Lacan também se tornou um interlocutor privilegiado em reflexões contemporâneas sobre filosofia, teoria literária, crítica de arte, política e teoria social. Neste sentido, ele talvez tenha sido o único psicanalista, juntamente com Sigmund Freud (1856-1939), capaz de transformar sua obra em passagem obrigatória para aqueles cujas preocupações não se restringem apenas à clínica, mas dizem respeito a um campo amplo de produções socioculturais vinculadas aos modos de auto compreensão do presente com suas expectativas e impasses.

No entanto, isto só foi possível porque sua noção de clínica sempre guardou uma série de peculiaridades, mesmo conservando os dois princípios fundamentais para a constituição da práxis analítica desde Freud, a saber, ser radicalmente desmedicalizada e reduzir o campo de intervenção à dimensão da relação psicanalista-paciente. Começar lembrando alguns pressupostos da clínica lacaniana talvez seja uma boa estratégia para introduzir o sentido de sua experiência intelectual, assim como explicar as causas de sua ampla recepção. Uma estratégia ainda mais relevante se levarmos em conta que vivemos em uma época que assiste sucessivas tentativas de desqualificação pura e simples da racionalidade da clínica psicanalítica.

A partir dos anos 80 e principalmente depois da década de 1990, parecia consensual a noção de que a psicanálise entrara em "crise". Ultrapassada pelo avanço de novas gerações de antidepressivos, ansiolíticos, neurolépticos e afins, a psicanálise foi vista por muitos como uma prática terapêutica longa, cara, com resultados duvidosos e sem fundamentação epistemológica clara. Muitas vezes, psicanalistas foram descritos como irresponsáveis por não compreenderem, por exemplo, que patologias como ansiedade e depressão seriam resultados de distúrbios orgânicos e nada teriam a ver com noções "fluidas" como "posição subjetiva frente ao desejo".

Por sua vez, a insistência em continuar operando com grandes estruturas nosográficas (relativas à descrição ou explicação das doenças), como histeria, neurose, perversão ou melancolia, parecia resultado de um autismo conceitual que impedia a psicanálise de compreender os avanços do DSM III na catalogação científica das ditas afecções mentais com suas "síndromes" e "transtornos" relacionados a órgãos ou funções mentais específicos.

Nesse contexto, a noção de cura de afecções e patologias mentais parecia enfim encontrar um solo seguro. O desenvolvimento das ciências cognitivas, em especial das neurociências, teria permitido certa redução materialista capaz de demonstrar como todo estado mental (crenças, desejos, sentimentos etc.) seria apenas uma maneira "metafórica" de descrever estados cerebrais (configurações neuronais) cuja realidade é física. Com isso, estavam abertas as portas para que a própria noção de doença mental pudesse ser tratada como distúrbio fisiologicamente localizável, ou seja, como aquilo que se submete diretamente à medicalização.

A clínica, por ter sua racionalidade submetida a uma fisiologia elaborada, poderia, a partir de então, aparecer como o setor aplicado de uma farmacologia. Lacan, desde sua tese de doutorado em psiquiatria, de 1932, insistia na inadequação de perspectivas fundadas nessas reduções materialistas dos fenômenos mentais. É a consciência dessa inadequação que o levará a assumir a carreira de psicanalista.

Tal consciência o levará também a tentar reconstruir os padrões fundamentais de racionalidade das práticas clínicas, através da defesa de um conceito de sujeito não redutível a qualquer forma de materialismo neuronal. Ou seja, quando Lacan decide-se pela psicanálise, logo após a defesa de sua tese em psiquiatria, ele já tem um problema armado que, a partir de então, guiará sua experiência intelectual. Um problema que guarda estranha atualidade, se levarmos em conta os desenvolvimentos posteriores da psiquiatria em direção a uma reconstituição de suas práticas a partir da farmacologia.

É verdade que a clínica e a teoria lacanianas serão radicalmente modificadas ao longo dos anos. Mas nada entenderemos do sentido dessas modificações se não tivermos uma noção clara do processo de desenvolvimento do pensamento lacaniano desde seu início. Assim, vale a pena descrever esses primeiros passos, a fim de identificar a razão pela qual suas reflexões clínicas se transformaram em referência maior para as estratégias de autocompreensão do presente. Tais considerações servem ainda como resposta à questão sobre como começar a ler sua obra. Por mais estranho que possa parecer, devemos começar a ler Lacan pelo começo.

Nada melhor do que seguir o desenvolvimento cronológico de sua experiência intelectual a fim de determinar o processo de formação de seus conceitos e problemas. Embora sua obra vá modi - ficando paulatinamente o campo de interlocuções, as estratégias de problematização e o estilo de sua escrita, é inegável o esforço lacaniano em integrar desenvolvimentos recentes de seu pensamento a elaborações mais antigas. Esse é um ponto importante, porque a recorrência de certas questões é o que dá unidade a uma verdadeira experiência intelectual. Nesse sentido, devemos sempre nos perguntar: quais são as questões fundamentais que animam a trajetória lacaniana? Uma delas, sem dúvida, é a crítica à aplicação de um materialismo reducionista às clínicas dos fatos mentais.

Fonte: Vladimir Safatle, in: Lacan, Ed. Publifolha


Seminário EPFCL/FCL-SP no ABC


Olá a todas e todos
Pelo sexto ano consecutivo vamos receber o Seminário da EPFCL-BRASIL/FCL-SP no ABC, o tema de 2017 será “Sexuação e Identidades”!
As inscrições já estão abertas e as vagas são limitadas
Segue informações e o folder do Seminário:

Datas e conferencistas:

25/ março :  Rosane Melo - (FCL - RJ)
29/ abril :  Antonio Quinet - (FCL - RJ)
27/ maio :  Ronaldo Torres - (FCL - SP)
24/ junho:  Gonçalo Galvão - (FCL - SP)
26/ agosto:  Luis Achilles Furtado - (FCL - CE)
30/ setembro:  Christian Dunker - (FCL - SP)
28/ outubro:  Raul Pacheco - (FCL - SP)
18/ novembro:  Beatriz Almeida - (FCL - SP)

Coordenação:
Coordenadora EPFCL-BRASIL: Rosane Melo
Coordenadora FCL-SP: Beatriz Almeida
Coordenadora Local: Brendali Dias
Colaboração local:  Renata Rampim, Isaias Ferreira e
João Felipe Domiciano

Outras informações:
Local dos encontros: Rua Coronel Ortiz, 272, Centro, Santo André - SP.
Horários: Conferência do Seminário das 13:30h às 15:30h e
Espaço Escola: das 16:00h às 17:00h (Sempre aos Sábados).
Investimento único: para todos os encontros: R$ 250,00 à vista ou em 3x de 85,00 reais c/ cheque

Inscrições no email: brendalidias@hotmail.com
Whatsapp: (11) 94112-2152

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Perspectivismo e Psicanálise


Fonte: Revista Cult

Por: Christian Ingo Lenz Dunker

A psicopatologia lacaniana articulou sua teoria das estruturas clínicas como uma deriva do método estrutural, proposto inicialmente por Lévi­‑Strauss na antropologia, combinando­‑as com as considerações de Hegel sobre a filosofia da história. As antes chamadas “doenças mentais” não são nem doenças e nem mentais porque são estruturas análogas aos mitos individuais, dotadas de dimensões existenciais: Real, Simbólico e Imaginário. Para definir a neurose, a psicose ou a perversão como estruturas existenciais, Lacan entendeu que estas eram formas de interpretar a única lei universal não natural, ou seja, a proibição do incesto. Freud havia proposto, em Totem e tabu (1914), que o desejo humano repetia, no complexo de Édipo, os mesmos impasses que originaram a passagem do estado de natureza para o de cultura: assassinato do pai no estado de horda primeira, incorporação canibalista de seu corpo, eleição de um totem para representá­‑lo, transposição da proibição de ataque ao totem como tabu, aplicação do tabu à regra que proíbe o incesto em todas as culturas conhecidas.

Nos anos 1940 Kroeber e Malinowsky teceram críticas ao suposto universalismo do complexo de Édipo, assinalando a existência de culturas nas quais o incesto não é proibido, pelo menos em alguns aspectos, uma vez que os conceitos de família nessas culturas são muito diferentes dos nossos. Freud apoiara­‑se em dados e ilações propostos por Darwin e Smith que se mostravam equivocados à luz da antropologia da época. Não é que a hipótese freudiana estivesse equivocada em todos os seus aspectos, mas ela simplesmente não é universal.

Na década de 1950, quando Lévi­‑Strauss reabilitou o totemismo conferindo­‑lhe uma nova interpretação, ele percebeu que o importante na lei do incesto não era o sistema de parentesco específico no qual ele era praticado, mas a existência mesma de uma regra universal de parentesco, que regrava os casamentos em geral, levando em conta como as pessoas eram nomeadas dentro e fora de sua linhagem. Foi essa reformulação que levou Lacan, nos anos 1960, a falar em função paterna e função materna, tornando­‑as relativamente independentes do personagem real que as pratica. Por exemplo, a função materna pode ser exercida por um homem, e a função paterna pode ser exercida por um transgênero. Em uma direção semelhante, Lacan interessou­‑se pelas variantes do mito de Édipo, mais precisamente a versão levada a cabo por Sófocles em Antígona. Temos aqui outro conjunto de impasses e de relações com a lei, que dessa vez tematizam mais diretamente a lei da cidade contra a lei da família. Temos aqui um Édipo protagonizado por uma mulher.

A psicanálise, ao longo de sua história, pensou criticamente oposições que lhe eram constituintes: sonho e razão, loucura e normalidade, infância e adultescência, primitivos e civilizados, pré­‑genitais e genitais. Mas, ao que tudo indica, ainda remanesce a oposição neurose e psicose como ponto no qual a “desmontagem do centro” não se processou inteiramente. Por desmontagem do centro entendo a estratégia epistemológica, tão característica da psicanálise que consiste em criticar a falsa centralidade do homem, que não é nem o centro do cosmos, nem das espécies e nem centro de si mesmo. Mas criticar a centralidade não é prescindir dela, e isso só pode ser feito por uma mudança mesma do conceito de perspectiva.

As novas críticas, recebidas pela psicanálise a partir dos anos 1970, detiveram­‑se em sua incorporação estruturalista. A objeção do falocentrismo (Derrida), o androcentrismo (Teoria Feminista), o logocentrismo (Nietzscheanos), o etnocentrismo (Teoria Pós­‑Colonial) e finalmente o edipianismo (Deleuze e Guattari), convergem para esta espécie de primazia conferida à estrutura neurótica. Tudo funciona como se o Édipo explicasse a neurose, e a neurose, a psicose. Como modelo e meta da condição de sujeito, a neurose adquire frequentemente valor de paradigma normalopático para processos de simbolização, de articulação de desejo e de laço social com o outro.

Para incorporar e responder essas críticas e renovar a psicopatologia psicanalítica seria preciso reler Totem e tabu. Ao enfatizar a distinção básica entre cultura e natureza, do qual o tabu do incesto fornece a gramática, a psicanálise abandonou o campo da natureza. Esse abandono cria uma falsa oposição com a psiquiatria biológica, como se houvesse de um lado uma psicopatologia da mente e outra do cérebro. A psicanálise jamais advogou esta partilha, mas se viu obrigada a engoli­‑la como contrapeso da adoção do método estrutural. A leitura convencional do totemismo traz consigo a tese de que existe apenas uma natureza. Ela é fixa para todas as culturas, que são assim pensadas como variações de interpretação do mesmo substrato natural, contendo atribuições arbitrárias de sistemas de valor, de língua, de religião etc.

O ponto problemático em aderir a um relativismo­‑mononaturalista, é nos vermos obrigados a defender uma psicopatologia multiculturalista, que não é, em absoluto, uma posição necessária ou decorrente das teses lacanianas. Não há nenhum motivo para que a psicanálise defenda a unidade do campo natural, ao modo da res­‑extensa cartesiana. Ela não precisa aderir à tese de que há um ponto de vista, um “metaponto de vista”, que argumenta que a ontologia é fixa e a epistemologia é variável. Quando Lacan postula que o Real é isso que é negado para que a realidade se apresente como uma, plausível e idêntica a si mesma, ele recusa a fixação da ontologia. Quando ele pleiteia que a relação entre os seres humanos envolve uma espécie de não relação entre o gozo masculino e o gozo feminino, ele está assumindo um tipo de perspectivismo onde a única constante são as perspectivas (homens, mulheres), e o gozo ou o Real a elas associados são depreendidos dessas perspectivas que, somadas, não formam nem uma unidade, nem uma identidade, mas uma “não relação”.

Até recentemente essas teses de Lacan careciam de uma sustentação antropológica, correndo grave risco de se apresentarem apenas como uma conjectura metafísica, ainda que útil para os clínicos. Isso começou a mudar nos anos 1990 quando o antropólogo brasileiro Eduardo Viveiros de Castro, discípulo e continuador de Lévi­‑Strauss, estabeleceu uma crítica interna do totemismo, que ele veio a chamar de perspectivismo ameríndio. Trabalhando com populações do alto Xingu, ele notou a presença de um sistema de pensamento para o qual o totemismo, e seus subsistemas de sacrifício e aliança, viam­‑se suspensos. Em regra, são povos para os quais a diferença entre “nós” e “eles” dá­‑se de forma não substancial e definitiva. No encontro com o Outro não emerge a reação narcísico egoica de afirmação de si, mas um jogo de determinação mútua da determinação de si pelas perspectivas criadas no encontro. Isso implicaria a primazia de um sistema não identitarista de relação com o Outro. Por isso seu canibalismo difere do que foi pressuposto por Freud (e posteriormente empregado pelos modernistas brasileiros), pois não se trata de acumular predicados ou traços do outro que foi devorado, mas de dissolver e indeterminar a natureza do próprio eu. Se são as perspectivas que prescrevem os mundos, todos eles existentes, surge como decorrência do perspectivismo a diversidade de naturezas, ou seja, o multinaturalismo: ‘Perspectivismo’ foi um rótulo que tomei emprestado ao vocabulário filosófico moderno para qualificar um aspecto muito característico de várias, senão todas, as cosmologias ameríndias. Trata­‑se da noção de que, em primeiro lugar, o mundo é povoado de muitas espécies de seres (além dos humanos propriamente ditos) dotados de consciência e de cultura e, em segundo lugar, de que cada uma dessas espécies vê a si mesma e às demais espécies de modo bastante singular: cada uma se vê como humana, vendo todas as demais como não­‑humanas, isto é, como espécies de animais ou de espíritos” (Viveiro de Castro, A inconstância da alma selvagem. São Paulo: Cosac Naify, 2001).

O perspectivismo dos Arawetés afirma que o fundo comum entre seres humanos e animais é a humanidade, e não a animalidade. No universo totêmico funções dêiticas tal como “ontem” ou “amanhã” são tão logicamente válidas quanto relações de parentesco como “filho de”, “sobrinho de” etc. e tão naturais como um pedaço de peixe ou uma canoa. Esse contexto trivial define a “normalidade administrada” como aptidão reflexiva: os seres humanos veem os humanos como humanos e os animais como animais. “Animais” é a função lógica do argumento na qual podemos substituir toda forma de vida que não partilhe esta lei totêmica. Historicamente, são os excluídos: loucos, bárbaros, estrangeiros, marginais, doentes, selvagens, crianças e assim por diante. É neste ponto que o animismo levanta uma resposta alternativa. Não existem apenas humanos e animais, há também formas de vida que, como “espíritos”, “pedaços de corpos”, “zumbis” e “homens feitos às pressas”, podem ser, por exemplo, “não­‑todo­‑humanos” ou “não­‑mais­‑animais”. Onde o totemismo reconhece uma oposição do tipo homem/animal, o animismo percebe um número indeterminado de formas de vida, todas elas “humanas”, vestidas com as mais diversas “roupas” não humanas. O perspectivismo ameríndio é um perspectivismo somático, no qual o corpo é entendido como roupa, envoltório ou semblante que deve ser continuamente produzido ou fabricado. A roupa é concebida como produção de um corpo, está mais para um equipamento de mergulho que instrumentaliza ações, do que para a máscara de carnaval, que esconde uma identidade essencial. Encontrar­‑se com tais formas de vida “desnudas” é um signo seguro de que as condições não são normais, ou seja, de que a perspectiva não é normal, mas nunca de que o Outro não é normal.

Podemos pensar, de modo homólogo, que a oposição entre psicose e neurose, a mais forte oposição estrutural da psicopatologia psicanalítica, é uma oposição semelhante à que estamos detalhando entre totemismo e animismo. De fato, do ponto de vista do totemismo, que privilegia a metáfora como princípio de ordem e classe, o animismo representa um déficit e pode ser percebido como uma ausência de certas determinações. Mas do ponto de vista dos povos animistas, que privilegiam a metonímia, mas em uma relação subversiva entre ordem e classe, são os povos totemistas que sofrem com excesso de experiências de determinação e que não conseguem perceber a existência e a importância produtiva das experiências de indeterminação. Enquanto os totemistas lidam com a diferença, representada pelo patológico, criando uma multiplicidade de culturas, os animistas­‑perspectivistas admitem que só há uma cultura, e são as natureza individuais que variam.

Portanto, a ultrapassagem do neurótico­‑centrismo não se faz, necessariamente, pela admissão do caráter universal da psicose humana, como pretende a chamada teoria da foraclusão generalizada, mas pode ocorrer pelas vias da recuperação da categoria de loucura, como patologia do reconhecimento e do sofrimento social. Também a inversão do androcentrismo não precisa corresponder à sua substituição pelo simples oposto, o feminismo generalizado, derivado da noção de gozo feminino. Não se trata de uma multiplicação de Nomes­‑do­‑Pai, mas de uma oscilação entre a função de nomeação e a produção de identidades. O que nos parece essencial admitir é a existência de experiências produtivas de indeterminação, equivalente conceitual da não proporcionalidade entre gêneros, modalidades de gozo e estruturas clínicas.  

Fonte: http://revistacult.uol.com.br/home/2015/12/perspectivismo-e-psicanalise/


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Curso de Introdução ao ensino de Lacan 2017



Módulos do curso:


Primeiro Módulo:  Introdução ao pensamento de Lacan

Docente: Brendali Dias - Psicanalista, doutora pela PUC-SP, membro do FCL-SP e da EPFCL-Brasil.

Aula 1: Lacan e a Linguagem
Aula 2: O significante e o Outro
Aula 3: A clínica contemporânea


Segundo Módulo:   Histeria

Docente: Renata Rampim - Psicanalista e mestre em Psicologia Social pela PUC-SP

Aula 1: Primeiras Leituras sobre a Histeria: Rumo ao desejo.
Aula 2: O desejo na histeria.
Aula 3: Vestes contemporâneas da histeria.


Terceiro Módulo: Neurose Obsessiva


Docente: João Felipe Domiciano - Psicanalista, mestre e doutorando em Psicologia Clínica pela USP.

Aula 1: A neurose como um mito individual: significante e repetição.
Aula 2: Totem e tabu: entre o pai, a dívida e o gozo.
Aula 3: A posição obsessiva e suas estratégias na clínica


Quarto Módulo: Perversão

Docente: Daniel Vitorello - Psicanalista e doutor pela USP.

Aula única: O desmentido (Verleugnung)


Quinto Módulo: Psicose

Docente: Leonardo Pereti - Psicanalista e mestre pela PUC-SP.

Aula 1: O que aprendemos com os psicóticos? O Dilema de Freud.
Aula 2: Da Paranóia de autopunição de Aimée à Foraclusão do Nome-do-pai.
Aula 3: Autismo


Sexto Módulo: A Clínica dos Discursos

Docente: Brendali Dias

Aula 1: Os 4 + 1 discursos
Aula 2: A histerização do discurso
Aula 3: O discurso do analista


Sétimo módulo: O sujeito e as drogas: uma clínica para além da descrição sintomatológica.

Docente: Isaías Ferreira - Psicanalista, mestre e doutorando pela PUC-SP

Aula 1: Toxicomania ou dependência química?
Aula 2: O diagnóstico estrutural na clínica da toxicomania.
Aula 3: O ato analítico como operador clínico no tratamento da toxicomania.


Data de Início: 11 de março de 2017
Horário: Sábados, das 14:00 às 16:30h
Carga Horária: 50 horas
Investimento:  8x de R$ 130,00 (cheque) ou à vista R$ 960,00
Vagas Oferecidas: 20

Inscrições: email: movimentopsicanaliticodoabc@gmail.com
whatsapp (11) 94112-2152


Rua Coronel Ortiz, 272 - Centro - Santo André - SP